Salário emocional: O que valorizam os colaboradores além da remuneração?
31 de Março, 2022
Até há uns anos, o salário era o principal fator que os profissionais tinham em consideração na escolha de uma empresa para trabalharem. No entanto, parece evidente que esses tempos mudaram.
Sobretudo desde que a geração dos Millennials (pessoas nascidas entre 1981 e 1996) começou a entrar no mercado de trabalho, tornou-se mais notório que as pessoas procuram um maior equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional e que são mais exigentes relativamente às condições que as empresas lhes oferecem. Isso fez com que estes trabalhadores começassem a valorizar outros aspetos referentes à sua atividade profissional que não apenas a remuneração.
É neste contexto que surge aquilo a que se chama o salário emocional. Não sabe o que é? Descubra connosco este conceito.
O que é o salário emocional?
O salário emocional consiste num conjunto de incentivos que as organizações oferecem aos seus colaboradores com o objetivo de os motivar e que vão além da componente salarial.
São todos os benefícios não monetários disponibilizados pelas empresas que visam aumentar a satisfação dos colaboradores, garantir o bem-estar no local de trabalho e promover o seu envolvimento e sentimento de pertença à organização.
Basicamente, o salário emocional é uma forma que as empresas têm de demonstraram que se preocupam com os seus colaboradores e com a sua felicidade.
Tipos de salário emocional
Não existem duas empresas iguais. Cada organização deve olhar para a sua própria realidade (a sua cultura, os seus valores, os seus recursos, as suas políticas de benefícios) e definir a forma mais adequada de implementar o salário emocional para motivar os seus colaboradores.
Ainda assim, existem alguns tipos de salário emocional que são consensuais e que a sua empresa deve considerar:
- Horários flexíveis: o mais importante é que os seus colaboradores terminem o seu trabalho devidamente e nem sempre isso precisa de acontecer entre as 9h e as 18h. Dê-lhes alguma flexibilidade de horários para que eles possam ir buscar os filhos à escola, ir ao ginásio ou para que consigam resolver um qualquer assunto da sua vida pessoal mesmo em horário laboral.
- Teletrabalho: a exigência do teletrabalho durante a pandemia da Covid-19 veio demonstrar que a presença dos colaboradores no escritório nem sempre é imprescindível. Sempre que possível, e que eles prefiram trabalhar a partir de casa por algum motivo, conceda-lhes essa possibilidade.
- Bom ambiente de trabalho: as pessoas passam uma grande parte do seu dia a trabalhar. Garanta que, durante esse tempo, os colaboradores se sentem acolhidos, envolvidos pela equipa e satisfeitos com o ambiente à sua volta.
- Espaços e momentos de lazer: o bom ambiente de trabalho pode ser influenciado pelo próprio local de trabalho e pela rotina laboral. Se tiver espaço nas instalações da sua empresa, pense em criar um local de lazer onde os colaboradores possam relaxar e conviver.
- Formação: adquirir novos conhecimentos e competências é uma excelente forma de manter os colaboradores motivados. Proporcione-lhes oportunidades de formação e mostre-lhes que se importa com o seu desenvolvimento pessoal e profissional.
- Retribuição flexível e benefícios sociais: como já percebemos, a compensação pelo trabalho dos trabalhadores pode ir além da sua remuneração mensal. Aposte numa política de benefícios sociais como vales de apoio à infância, à educação ou para suporte de despesas de saúde, por exemplo, para que os seus colaboradores se sintam reconhecidos e apreciados.
Benefícios do salário emocional para as empresas
O salário emocional tem como objetivo aumentar a satisfação e a motivação dos colaboradores através de incentivos e políticas que vão além da remuneração. E quando os colaboradores estão mais motivados e satisfeitos, isso traz resultados muito positivos para as organizações:
- Aumento da produtividade;
- Maior capacidade de atração e retenção de talentos;
- Redução do turnover;
- Redução do absentismo laboral;
- Otimização de recursos;
- Melhoria do clima organizacional.
Claro que esta ideia de salário emocional não pretende desvalorizar a importância de uma boa componente salarial. As pessoas devem ser recompensadas de forma justa pelo seu trabalho. Porém, parece inegável que o dinheiro não é tudo e um bom salário pode não ser suficiente para atrair e reter o talento na sua empresa.
Pronto para dar os primeiros passos neste caminho onde salário monetário e salário emocional se unem?